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Ministério da Saúde do Brasil atingido por um segundo ataque cibernético

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O Ministério da Saúde do Brasil tornou-se alvo de um segundo ataque cibernético em uma semana. Esse ataque cibernético comprometeu vários sistemas internos, incluindo a estação que guarda os dados de vacinação de indivíduos em relação à COVID-19.

A notícia foi confirmada pelo ministro da saúde Marcelo Queiroga em 13 de dezembro de 2021, logo após o primeiro grande ataque de ransomware apenas três dias antes. Ele mencionou ainda que o segundo ataque cibernético foi menor em comparação com o primeiro.

Enquanto o departamento trabalha para recuperar os sistemas o mais rápido possível, o ConecteSUS, plataforma que emite as certificações de vacinas da COVID-19 para pessoas físicas, não voltaria a funcionar no dia 14 de dezembro de 2021, conforme planejado originalmente.

Marcelo Queiroga também confirmou que o ataque não teve sucesso e nenhum dado foi comprometido, mas o segundo ataque interrompeu a forma de colocar os sistemas online novamente. Além disso, o ministério não ofereceu uma previsão de quando os sistemas seriam completamente restaurados.

A notícia do segundo ataque foi seguida de um comunicado oficial do Ministério da Saúde confirmando que o Datasus – departamento responsável pela função de TI está realizando um exercício de manutenção de sistemas em 13 de dezembro de 2021, indicando que os sistemas não estariam temporariamente disponíveis.

Como o acesso aos sistemas centrais do ministério da saúde não era possível, os funcionários públicos foram todos mandados para casa na segunda-feira.

Além disso, na noite de ontem, sistemas baseados em nuvem operados por órgãos governamentais também enfrentaram novos ataques, segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo brasileiro.

Embora a confirmação não incluísse os nomes dos departamentos ou serviços visados, eles confirmaram que as instruções para preservar as evidências foram emitidas.

O primeiro ataque cibernético em 10 de dezembro de 2021 deixou todos os sites do Ministério da Saúde inacessíveis. De acordo com o Grupo Lapsus$, que assumiu a responsabilidade por este ataque, cerca de 50 TB de dados foram roubados dos sistemas do Ministério da Saúde e posteriormente apagados.

De acordo com a Polícia Federal, além dos dados relacionados às certificações de vacinação contra a Covid-19 e ConecteSUS, o programa nacional de vacinação mais amplo também foi comprometido no primeiro ataque.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também está trabalhando no incidente e entrou em contato com o Gabinete de Segurança Institucional e a Polícia Federal para colaborar com as investigações. Também notificou o Ministério da Saúde sobre o caso, conforme as regras gerais de proteção de dados do Brasil.

Isso é altamente preocupante, pois esses tipos de violações de dados geralmente levam a ataques de ransomware e vazamentos de dados na dark web.

Os cibercriminosos também usam a preocupação com o COVID-19 atraindo alvos com golpes de phishing desde janeiro de 2020. Usando a preocupação com a mais recente variante do COVID-19 Omicron, os hackers recentemente atacaram universidades americanas, roubando credenciais e contas.

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