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Uma onda ‘sem precedentes’ de ataques cibernéticos atinge sites do governo russo

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Sites do governo russo e plataformas de mídia estatais enfrentam uma onda de ataques cibernéticos ‘sem precedentes', anunciou o governo russo na quinta-feira. Após ataques de hackers, os reguladores começaram a filtrar o tráfego vindo de fora da Rússia. 

Sites do governo russo e empresas estatais enfrentaram interrupções e perda temporária de acesso. Estes incluem sites do Kremlin, Aeroflot e bancos como o Sberbank. 

O Ministério do Desenvolvimento Digital e Comunicações disse que os ataques foram mais poderosos que os anteriores. As autoridades disseram que implementaram medidas de filtragem de tráfego. Embora não haja mais informações sobre essas medidas, no passado, o governo proibiu o acesso a sites russos do exterior.

“Estamos registrando ataques sem precedentes nos sites das autoridades governamentais… Se a capacidade deles no horário de pico atingiu 500 GB antes, não é de até 1 TB. Ou seja, duas ou três vezes mais potentes do que os incidentes mais graves desse tipo registrados anteriormente", disse o comunicado.

Na quarta-feira, o site do Ministério de Situações de Emergência da Rússia foi invadido por atacantes e eles alteraram seu conteúdo. Os hackers substituíram o número do departamento por um número que os soldados na Rússia podem contatar caso sintam vontade de desertar do exército – escrito sob o título ‘Volte da Ucrânia vivo'.

Outros sites de ministérios foram invadidos e o conteúdo foi alterado para frases como ‘Não acredite na mídia russa – eles mentem' ou ‘clique neste link para obter informações completas sobre a guerra na Ucrânia'.

Os hackers também adicionaram insultos direcionados ao governo russo e ao presidente Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia em vários sites.

O portal público da Rússia, Gosuslugi, enfrentou mais de 50 ataques DDoS. Da mesma forma, a agência de notícias russa Tass também foi hackeada quando hackers deixaram mensagens em sites como ‘vá às ruas contra a guerra'.

A Rússia aprovou recentemente uma lei de censura contra a disseminação de informações falsas sobre os militares e o uso de palavras como ‘guerra' ou ‘invasão' para descrever a “situação" na Ucrânia.

Os países ocidentais impuseram sérias sanções à Rússia, resultando no isolamento da economia dos sistemas financeiros globais. Recentemente, o Canadá também aderiu à OTAN, impondo sanções à Rússia e enviando ajuda à Ucrânia.

Considerando o cenário atual, o governo russo propôs várias medidas de apoio ao setor de TI e outras, segundo a Interfax. Segundo relatos, o governo propôs alocar 14 bilhões de rublos (US$ 135 milhões) para apoiar empresas de TI.

A guerra cibernética resultante após a guerra na Ucrânia está causando grandes distúrbios em todo o mundo. Apenas alguns dias atrás, o grupo Anonymous invadiu o banco de dados russo de Roskomnadzor e vazou mais de 360.000 documentos online. O Anonymous lançou uma guerra cibernética por procuração sobre o conflito na Ucrânia em fevereiro.

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